quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

GOVERNO LIBERA CRÉDITO PARA LAPTOP POPULAR

NOTÍCIA - O governo federal liberou ontem uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que Estados e municípios comprem laptops para estudantes das suas redes de ensino.
O crédito faz parte do Programa Um computador por Aluno, mas estados e municípios só poderão comprar equipamentos para, no máximo, 25% de sua rede. Levando-se em conta que o governo federal só distribuiu até hoje 150 mil laptops e não tem previsão de orçamento para novas compras, a meta que dá nome ao programa deverá levar algumas décadas para ser cumprida - além de depender, na sua maior parte, da boa vontade e dos recursos de prefeituras e governos estaduais.

Fonte: Estadão - http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101228/not_imp658919,0.php

COMENTÁRIO - A iniciativa, gestada já há alguns anos pelo governo Lula dentro do MEC, é bem vinda e deve ser sempre incentivada e aplaudida. No entanto, e sempre há um "se", a coisa não será tão fácil e na rapidez que o povo brasileiro merece. Talvez, digo talvez, se a verba federal saísse direto de Brasília para as Escolas brasileiras, com a devida fiscalização e sem a intermediação de governos estaduais e prefeituras, estas últimas principalmente, talvez, repito, talvez, teríamos em poucos anos cumprido o objetivo principal do programa: um computador por aluno nas escolas. Mas não será assim. Aí é que "a porca torce o rabo", como dizem os mais idosos, e, continuando a série de frases populares, as "barbas devem ser colocadas de molho", já que é mais fácil torcer o rabo da porca (simbolicamente, tá?) do que acreditar que esta boa vontade e os recursos das prefeituras e estados aparecerão. Pois sim. No que depender dos podres poderes estabelecidos nestes governos, salvo exceções, levaremos mesmo décadas para termos esta realidade nas escolas brasileiras, que, aliás, não precisa somente de computadores, mas também de uma educação de qualidade, servidores e professores melhores remunerados, entre outras reais necessidades, para assim, quem sabe, a profissão (reconhecida no Ministério do Trabalho e na sociedade), seja exercida tão somente por Educadores e não por Educadores-Psicólogos-Pais-Religiosos-Assistentes Sociais-Policiais-Outras profissões, num grotesco, porém real, desvio de função profissional e com parcos e únicos salários. É fato. Ou não... sei lá.

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