Texto publicado no jornal A Notícia, edição de 25/12/2010. Quinzenalmente estarei escrevendo para o jornal.
Avizinha-se mais um final de ano. 2011 já surge, no horizonte, trazendo esperanças e novas expectativas na vida de cada um, na história de cada nação.
O que não parece mudar, a cada ano que se passa, é a capacidade dos políticos brasileiros em protagonizarem escândalos e provocarem sentimentos de frustração e revolta na população brasileira, que, aliás, tem sua grande parcela de responsabilidade nos fatos que diariamente nos envergonham e nos fazem crer cada vez menos nos poderes governamentais e nos políticos como um todo.
Estamos encerrando uma década. Nestes dez anos passados, o Brasil, enquanto nação emergente foi sangrado impiedosamente pela corrupção. Mesmo ferido, o país consegue se mover, e vem lentamente refazendo-se de suas feridas sociais.
A grande imprensa brasileira nos bombardeia diariamente com notícias políticas que desnudam, em muitas vezes, as ações e pensamentos da classe política nacional e seus partidos, que por serem formados de homens falíveis, quase sempre arrogantes, com síndrome de “seres superiores”, se equivalem em gênero, número e grau, lamentavelmente. As velhas bandeiras da ética, da honestidade e da, popularmente falando, “vergonha na cara”, desaparecem a cada pleito eleitoral, dando lugar ao imediatismo das necessidades individuais e partidárias, sendo substituídas pela hipocrisia, pela legalidade imoral de algumas de suas ações governamentais e legislativas, entre outras tantas mazelas que mancham e tornam quase insustentável a convivência política-partidária, sufocada pelos “criminosos de colarinho branco” e sua trupe de puxa-saquismo existente em todas as esferas de poder que - tais gafanhotos insaciáveis - se assemelham a verdadeiras pragas bíblicas que devoram sem parar os recursos públicos, em detrimento das reais necessidades da população.
Legislam em causa própria. São ágeis em aprovar no Legislativo matérias de interesse comum e extremamente lerdos em analisar e aprovar, quando aprovam, leis que beneficiariam trabalhadores e o povo em geral. Como exemplo disto, o aumento dado recentemente, em tempo recorde, aos salários e benefícios dos deputados e senadores da República, que subiu de 16.512,09 reais para 26.723,13 reais. Parece alto. É muito maior. Engordado por truques legais e filigranas jurídicas, o valor que os parlamentares brasileiros embolsam mensalmente ultrapassa com folga a faixa dos 100 mil reais.
Enquanto a inflação brasileira, nos últimos 3 anos não chegou a casa dos 20%, para os congressistas, o aumento foi de 61,8%. Uma afronta à maioria dos brasileiros e brasileiras, em especial aos que sobrevivem com um salário mínimo.
Enquanto isto, para alegria geral da nação, o TSE liberou Paulo Maluf (PP-SP), que recebeu 497 mil votos dos paulistas, e estava com seu registro cassado pela Lei da Ficha Limpa, para exercer o mandato de deputado federal conquistado nas urnas em 2010.
E ainda tem quem reclame de Tiririca. Afinal, quem é mesmo o palhaço?
JACOBINA – Plagiando nosso presidente Lula, nunca neste município tivemos uma Câmara de Vereadores tão fraca e tão inoperante intelectualmente e politicamente, salvo raras exceções, como nesta atual Legislatura. Infelizmente, os próximos dois anos que ainda faltam, não serão regidos por mudanças neste quadro.
Aos amigos e amigas de nossa querida Jacobina e região, deixamos nossos votos que o ano de 2011 traga novos desafios para cada um de nós, sempre nos proporcionando aprendizado e crescimento enquanto seres humanos. Boas festas.
O que não parece mudar, a cada ano que se passa, é a capacidade dos políticos brasileiros em protagonizarem escândalos e provocarem sentimentos de frustração e revolta na população brasileira, que, aliás, tem sua grande parcela de responsabilidade nos fatos que diariamente nos envergonham e nos fazem crer cada vez menos nos poderes governamentais e nos políticos como um todo.
Estamos encerrando uma década. Nestes dez anos passados, o Brasil, enquanto nação emergente foi sangrado impiedosamente pela corrupção. Mesmo ferido, o país consegue se mover, e vem lentamente refazendo-se de suas feridas sociais.
A grande imprensa brasileira nos bombardeia diariamente com notícias políticas que desnudam, em muitas vezes, as ações e pensamentos da classe política nacional e seus partidos, que por serem formados de homens falíveis, quase sempre arrogantes, com síndrome de “seres superiores”, se equivalem em gênero, número e grau, lamentavelmente. As velhas bandeiras da ética, da honestidade e da, popularmente falando, “vergonha na cara”, desaparecem a cada pleito eleitoral, dando lugar ao imediatismo das necessidades individuais e partidárias, sendo substituídas pela hipocrisia, pela legalidade imoral de algumas de suas ações governamentais e legislativas, entre outras tantas mazelas que mancham e tornam quase insustentável a convivência política-partidária, sufocada pelos “criminosos de colarinho branco” e sua trupe de puxa-saquismo existente em todas as esferas de poder que - tais gafanhotos insaciáveis - se assemelham a verdadeiras pragas bíblicas que devoram sem parar os recursos públicos, em detrimento das reais necessidades da população.
Legislam em causa própria. São ágeis em aprovar no Legislativo matérias de interesse comum e extremamente lerdos em analisar e aprovar, quando aprovam, leis que beneficiariam trabalhadores e o povo em geral. Como exemplo disto, o aumento dado recentemente, em tempo recorde, aos salários e benefícios dos deputados e senadores da República, que subiu de 16.512,09 reais para 26.723,13 reais. Parece alto. É muito maior. Engordado por truques legais e filigranas jurídicas, o valor que os parlamentares brasileiros embolsam mensalmente ultrapassa com folga a faixa dos 100 mil reais.
Enquanto a inflação brasileira, nos últimos 3 anos não chegou a casa dos 20%, para os congressistas, o aumento foi de 61,8%. Uma afronta à maioria dos brasileiros e brasileiras, em especial aos que sobrevivem com um salário mínimo.
Enquanto isto, para alegria geral da nação, o TSE liberou Paulo Maluf (PP-SP), que recebeu 497 mil votos dos paulistas, e estava com seu registro cassado pela Lei da Ficha Limpa, para exercer o mandato de deputado federal conquistado nas urnas em 2010.
E ainda tem quem reclame de Tiririca. Afinal, quem é mesmo o palhaço?
JACOBINA – Plagiando nosso presidente Lula, nunca neste município tivemos uma Câmara de Vereadores tão fraca e tão inoperante intelectualmente e politicamente, salvo raras exceções, como nesta atual Legislatura. Infelizmente, os próximos dois anos que ainda faltam, não serão regidos por mudanças neste quadro.
Aos amigos e amigas de nossa querida Jacobina e região, deixamos nossos votos que o ano de 2011 traga novos desafios para cada um de nós, sempre nos proporcionando aprendizado e crescimento enquanto seres humanos. Boas festas.
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