segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dilma sofre pressão por volta da CPMF, mas terá que negociar reforma

NOTÍCIA - Antes mesmo de sentar na cadeira de presidente, Dilma Rousseff abriu uma ferida cicatrizada há pouco tempo pelos brasileiros: a CPMF (Contribuição Provisória para Movimentação Financeira). A cobrança do chamado “imposto do cheque” tem sido tratada pela presidente eleita, que não descarta a volta do tributo e alega ser esta uma reivindicação dos governadores para financiar a saúde. (...) A exemplo da CPMF, derrubada no Senado em 2007, o novo imposto incidiria sobre as movimentações financeiras dos brasileiros e a arrecadação só poderia ser usada na saúde. A alíquota, de 0,10%, é inferior à da CPMF, que era de 0,38%. Fonte: Portal AZ - http://www.portalaz.com.br/

COMENTÁRIO - Quando o Senado Federal derrubou a CPMF, em 2007, estava atendendo a 2 interesses maiores: a) do Povo, que está até além do pescoço e da paciência de Jó de impostos. Pagamos uma das maiores cargas tributárias do planeta, e quase sem retorno em infra-estrutura e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros; b) partidários. Natural, pois faz parte do jogo democrático entre governo e oposição.
Observe que esta discussão, que visa "ressucitar" a CPMF com um novo nome (CSS) mas com o mesmo objetivo: tirar ainda mais R$ dos bolsos dos brasileiros, tem no projeto de origem a destinação exclusiva na Saúde Pública. É piada? Se for, de mal gosto, já que neste país, mergulhado na corrupção há séculos, cujos governos de diversas bandeiras ideológicas não conseguiram e conseguem solucionar este câncer social, acreditar nisto é o mesmo que acreditar em papai Noel e coelhinho da páscoa. Mesmo para um leigo em saúde pública, é claro observar que o problema da saúde neste nosso Brasil é, essencialmente, de gestão dos recursos e não na falta dos mesmos.
Nos dias de hoje, pessoas que possuem uma condição financeira melhor estão procurando os planos de saúde e o sistema privado, pois a saúde pública encontra-se em estado de crise aguda. Hospitais superlotados, falta de medicamentos, greves de funcionários, aparelhos quebrados, filas para atendimento, prédios mal conservados são os principais problemas encontrados em hospitais e postos de saúde da rede pública, alimentados por gestões municipais, estaduais e federal incompetentes, maldosas e formada, em muitas vezes, por verdadeiras quadrilhas organizadas que visam somente o desvio de verbas públicas, nas mais variadas formas, a exemplo do que foi comprovado na Operação Sanguessuga em história recente no país.
A população mais afetada é aquela que depende deste atendimento médico, ou seja, as pessoas mais pobres.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, outro defensor da contribuição, declarou que é necessário entre R$ 50 e 60 bilhões “para resolver o problema da Saúde”. Para o deputado Germano Bonow (DEM-RS) "A CSS geraria em torno de R$ 11 bilhões. Se o ministro Temporão fala em R$ 60 bi, R$ 11 bi é muito pouco. Além disso, que garantia nós temos de que o governo vai usar esses recursos na saúde, se até agora não honrou estes compromissos?"
Pois é, nesta briga governo x oposição, quem se ferra mesmo é o povo.

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