segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CONTAS DA EMBASA.... Dói cada vez mais no bolso e no orçamento doméstico

Vez ou outra, sou abordado por algumas pessoas que, como eu, tentam entender o por que de suas contas de água terem este ou aquele valor total na fatura. Quando recebemos a conta de energia (Coelba), podemos e devemos até questionar seu valor alto, sua tarifa cara, mas entendemos de pronto como se fatura a mesma, é simples: o cidadão ou a cidadã consome X kWh a um custo unitário de Y e chega-se ao valor total da fatura, acrescido da incompreensível taxa de iluminação pública (TIP). Simples equações de multiplicação e adição, que qualquer aluno do ensino fundamental fará sem maiores problemas, ou ao menos se espera isto dele.
No caso da Embasa a coisa é mais complicada. Veja o exemplo abaixo fornecido por uma fonte:

Você deve ter notado neste exemplo que a metodologia de cálculo é diferente, visa obter do(a) consumido(a) uma fatura maior, ganhar mais. Neste exemplo, o cidadão consumiu 23m3 de água no mês. Os primeiros 10m3 custaram R$ 1,375 cada. Os 5m3 seguintes custaram R$ 3,84 cada. Até aí, já fica evidente que a metologia utilizada pela Embasa visa lucrar mais com o mesmo produto. Vai ficar pior, para o consumidor. Os metros cúbicos seguintes, gastos pelo cidadão, custaram R$ 4,09 e R$ 4,58 cada, respectivamente, totalizando uma fatura de mais de R$ 67,00 para um consumo de 23m3 de água. Se o cálculo a ser utilizado pela Embasa fosse igual ao da Coelba, por exemplo, teríamos 23 x R$ 1,375 (valor dos primeiros 10m3) = R$ 31,62 ou seja cerca de 47% a menos do que o cidadão pagou pela conta. Seria mais lógico e possibilitaria um ganho substancial na renda mensal da família.

Observe que a Coelba cobra, por kWh o valor de R$ 0,52112. Preço bem menor do que a menor tarifa cobrada pela Embasa que é de R$ 1,375 - mais de 2,6 vezes o valor da tarifa de energia.

A Embasa, utilizando esta metodologia de cálculo demonstrada na imagem acima, só beneficia a si mesma, e ainda é acusada de não fornecer adequadamente o produto, não obstante a conta estar sempre presente nas casas dos baianos, tenha água nas torneiras ou não.

Bom, esta postagem não tem cor partidária, nem visa atingir a Embasa ou quem quer que seja, mas de apenas provocar uma reflexão e, quem sabe, uma discussão sobre a questão. Será ético e justo, uma concessionária pública utilizar esta metodologia de cálculo, que encarece as contas de água dos baianos, e dificulta a vida de todas as faixas econômicas da população? Não me parece que seja. Pode e deve ser até legal, mas, certamente não é a melhor forma de calcular uma conta de água. Quem sabe a Embasa pode explicar a este blog e aos consumidores baianos o por que da utilização desta forma de cálculo e não como, por exemplo, faz a Coelba, contribuindo, ao menos, para esclarecer a este bloguista ignorante na matéria. O espaço está aberto e será concedido a Embasa, se desejar.

2 comentários:

Anônimo disse...

UM ABSURDO ESTAS CONTAS DA EMBASA, COBRAM CARO E AINDA FALTA ÁGUA.

IONE

Anônimo disse...

NESTE VALOR AINDA DEVE-SE INCLUIR A TARIFA DE ESGOTO QUE PODE SER DE ATÉ 80% DO VALOR DA ÁGUA, CONFORME TABELA DA EMBASA