domingo, 24 de outubro de 2010

No Brasil, total de jovens de 15 a 17 anos longe da escola chega a 15%; emprego e desinteresse afastam os alunos

NOTÍCIA - Enquanto 98% de crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos estão na escola, 15% dos jovens de 15 a 17 anos desistiram de estudar. O abandono é refletido no número de matrículas da série final. Se comparado ao da série inicial, o total é 35,5% menor. De acordo com o Censo Escolar, em 2007 ingressaram no ensino médio 3.440.048 estudantes. Já em 2009, foram efetuadas 2.218.830 matrículas na série final. Quando não há reprovações, um aluno conclui o ensino médio em três anos - cursos profissionalizantes podem durar mais - e, pela previsão, as turmas de 2007 se formariam em 2009. Na Região Centro-Oeste, a diferença entre as matrículas é de 37% e no Sul chega a 38,53%. O Sudeste tem o menor percentual: 34,68%. Nordeste e Norte possuem índices iguais: 35,7%. FONTE: O GLOBO - http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/23/no-brasil-total-de-jovens-de-15-17-anos-longe-da-escola-chega-15-emprego-desinteresse-afastam-os-alunos-922853633.asp

COMENTÁRIO - É óbvio que a Educação pública no Brasil não é prioridade, salvo quando se trata de buscar fontes para desvios de verba pública. Um ponto que chama a atenção na notícia é o interesse - quase explícito - do editor em dar a impressão que a educação pública brasileira é uma catástrofe, o que não é totalmente verdade. Há exemplos positivos e que trazem esperanças à pedagogia nacional, não por ações governamentais por si só, mas especialmente pelo esforço de professores, servidores e alunos(as), que, não obstante as condições quase sempre precárias das estruturas escolares, dos baixos salários e de recursos pedagógicos desistimulantes, todos os anos verificamos que muitos alunos são conquistadores de vagas nas universidades brasileiras, através do ENEM e dos vestibulares. O que não quer dizer que serão alunos exemplares no ensino superior, pois muitos, quase analfabetos funcionais, transitam pelos corredores e salas das universidades, públicas ou não.
Mas números são números. E preocupam.
É preciso mais ações governamentais, em todas as esferas, no sentido de que seja feita uma rápida análise dos resultados do Censo e se tomem as medidas mais adequadas, para cada município e região, no sentido de que a educação e a escola sejam, no Brasil, uma prioridade real. Precisamos de uma educação básica mais fortalecida, melhor estruturada e com metas bem desenvolvidas e executadas, com a participação de toda a sociedade, que precisa sair do comodismo, da inércia, e entender que um país sem educação séria e eficiente é um país fadado ao fracasso econômico, social e intelectual.

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