domingo, 28 de março de 2010

DAI A CÉSAR O QUE É DE CESAR....


NOTÍCIA - O senador César Borges disse durante uma entrevista exclusiva para o Jornal Bahia Online, que a escolha do grupo político que irá apoiar nas eleições de 2010 passa, necessariamente, pelo fortalecimento do seu partido, o PR e que não há um prazo definido para anunciar o nome do candidato a governador que irá apoiar nas eleições de 2010. A expectativa era de que o senador anunciasse em Ilhéus o apoio à reeleição do governador Jaques Wagner. César chegou a se reunir com Wagner e o presidente Luís Inácio Lula da Silva e, segundo especulou-se entre os jornalistas que estiveram de plantão durante a permanência do presidente Lula em Ilhéus, o senador teria pedido o comando do Ministério caso a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, seja eleita. FONTE: Notícia Livre.

COMENTÁRIO - A cada capítulo dessa novela que se arrasta desde ano passado e vai durar ainda mais algumas semanas, acreditamos, o cenário vem se descortinando cada vez mais. O senador Borges (PR) pouco a pouco vai deixando clara as suas intenções políticas. Já pediu (ou exigiu?) o ministério da Casa Civil, caso Dilma seja eleita, sucedendo Lula. Fortalecer o PR é outro objetivo do senador, nada estranho nisto. Era esperado. O que não parece "natural", se levando em conta o histórico político recente na Bahia, é esta "necessidade" explícita do PT baiano de ter em sua chapa majoritária duas figuras políticas com fortes laços com o Democratas e suas hostes "carlistas", Borges e Otto Alencar. Tal cenário despertou indignações e fúria em correntes do PT. Há quem diga que Wagner sofrerá uma derrota na eleição para Senador, que forças petistas descontentes com o rumo carlista e eleitoral tomado por Wagner, farão de tudo para eleger políticos, a exemplo de Waldir Pires (PT) e Edson Duarte (PV), para o Senado Federal, visando derrotar Borges (PR) e segmentos governistas de Wagner (PT), que deverá, apesar de tudo, ter sua reeleição garantida por estes mesmos segmentos petistas. Por outro lado, Borges (PR) conversa com todos os pré-candidatos ao governo baiano, com exceção, salvo engano, do deputado Bassuma (PV), e pode fechar com qualquer um que aceite suas condições políticas. Aliás, chega a ser curiosa à condição eleitoral que as pesquisas dão como certa para o senador do PR. O colocam com cerca de 40% de intenções de votos na Bahia, praticamente eleito. Tratam como se houvesse apenas 01 vaga para o Senado pelo estado, pois a outra restante seria de Borges. Curioso e estranho, para um político que sempre esteve à sombra de ACM, de Paulo Souto, sem grande densidade eleitoral, com passagem pelo Palácio de Ondina relativamente discreta, mas com envolvimento em batalhas políticas contra estudantes e o PT, chegando, segundo denúncias na imprensa à época, mandou a polícia militar agredir estudantes, por exemplo. Teve também uma candidatura pífia, em 2004, para a prefeitura de Salvador, perdendo feio para João Henrique, à época no PDT, que teve mais de 70% dos votos, e, de repente, num espaço de pouco anos, lidera as pesquisas para senador da Bahia, é cortejado pelo PT (é, aquele mesmo que o combatia), pelo PMDB e pelo partido de sua origem política, o DEM. O que vai acontecer? Acho que Borges abraçará a candidatura à reeleição de Wagner, mas essa aliança política durará pouco, provavelmente até alguns meses antes da eleição para a prefeitura de Salvador, em 2012, quando o DEM poderá estar fortalecido e o PT terá 2 gestões de Wagner e será alvo de avaliação da população, ou, ainda, a zebra poderá entrar em campo e o PT ser derrotado na eleição 2010 e acabará aí a aliança. Pode ser, pode não ser, quem aposta? Eu não. Inté.

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