VISITA DE PAULO SOUTO A REGIÃO

NOTÍCIA - O ex-governador Paulo Souto (Foto: Noedson Ney), presidente regional do Democratas esteve em visita à região, durante este sábado (12). Souto estava acompanhado dos deputados federais Fábio Souto e José Carlos Aleluia. Também acompanharam o ex-governador, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, ex-Secretário de Saúde, José Antônio Souza e o presidente regional do PSDB na Bahia, Antônio Imbassay. Recebidos no aeroporto local pelo ex-prefeito Leopoldo Passos, a atual prefeita Valdice Castro (Dem), Luciano Pinheiro, vice-prefeito de Jacobina.

Fonte: http://www.jacobinanoticia.com.br/VisitaPauloSouto.html

COMENTÁRIO - A visita do ex-governador à região além de ser um fato político já esperado, deixou ao menos duas impressões básicas que deve merecer reflexão por parte da imprensa, durante a semana, e do meio político local, em especial.

A primeira impressão passada é a de que o PT deve, se já não o estar, ficar de "olhos" bem abertos. A recepção dada pelo DEM local, em especial pelas presenças do ex-prefeito Passos e a atual prefeita Valdice, ambos do Democratas, ao ex-governador, foi além do simbólico, e demonstrou que os laços pessoais e políticos do casal continuam bastante próximos a Souto. Ao que parece, nesta situação política toda, o PT do governador Wagner se assemelha àquela velha estória do marido traído, que quase sempre é o último a saber da traição. Pode-se até dizer que a recepção foi institucional, protocolar, pura balela. A presença do ex-prefeito Passos e boa parte do cargos de confiança da prefeita no aeroporto demonstram claramente que se ultrapassaram as fronteiras de uma mera recepção protocolar. O negócio é "namorar" Wagner sem deixar de "cortejar" Souto, afinal é melhor dois "pretendentes" na mão do que nenhum, ou não? Mas o coração do casal certamente não está na estrela vermelha, o tempo mostrará.

Uma outra impressão que fica é que a política em Miguel Calmon já não é mais de uma quase unanimidade. Se antes somente o PT reagia timidamente ao grupo liderado por Caca, hoje a coisa parece estar bem diferente. O prefeito Caca foi alvo de ácidas críticas por parte dos integrantes do DEM e do PSDB, que o chamaram até de traidor. O vice de Caca e o ex-prefeito Humberto, aliado de outrora do prefeito, engrossaram o coro, e esquentaram o caldeirão da política calmonense que promete esquentar cada vez mais.
Para concluir, ontem, uma fonte de grande conhecimento dos bastidores políticos baianos me disse que a pré-candidatura de Souto ao governo da Bahia é algo muito dificil de se concretizar, que o mesmo não reúne as condições políticas para o enfrentamento com Wagner, que César Borges (PR) não o acompanhará, o que demonstra uma fragilização na base do grupo do DEM para o pleito estadual. Ainda disse apostar que o segundo turno, que parece ser o cenário político mais provável para a sucessão estadual, se dará entre Wagner e Geddel. O caminho para Souto disputar o Senado, na chapa da de Geddel parece ser ainda uma real possibilidade.
Mais uma vez, é esperar para ver.