 NOTÍCIA - Sempre há um caminho mais à direita - é o que parece demonstrar a evolução de Israel. O tropismo de inclinação destra tem muitas explicações, mas a mais convincente de todas é o medo. Quando uma sociedade consegue transformar o medo no ar que respira, é inevitável o surgimento da síndrome do caracol, que vai se enroscando cada vez mais para dentro de sua casca feita de nacionalismo, xenofobia e impavidez diante dos sofrimentos alheios.
 NOTÍCIA - Sempre há um caminho mais à direita - é o que parece demonstrar a evolução de Israel. O tropismo de inclinação destra tem muitas explicações, mas a mais convincente de todas é o medo. Quando uma sociedade consegue transformar o medo no ar que respira, é inevitável o surgimento da síndrome do caracol, que vai se enroscando cada vez mais para dentro de sua casca feita de nacionalismo, xenofobia e impavidez diante dos sofrimentos alheios.  
 O eleitorado israelense se moveu sob a tração de duas forças: a primeira e mais potente, a angústia por segurança, impeliu o Nossa Casa Israel (Yisrael Beiteinu), o partido da limpeza étnica antiárabe; a segunda, a da moderação política, colocou o Kadima no mínimo em paridade com o Likud e talvez na liderança em votos e em deputados. Os eleitores puderam apostar primeiro em um leilão de falcões organizado em torno do ataque a Gaza: Tzipi Livni (foto acima) e Ehud Barak protagonizaram a disputa, mas ninguém se enganava sobre a maior dureza e belicosidade de Netanyahu. (...)
FONTE: UOL Notícial - http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2009/02/13/ult581u3050.jhtm
COMENTÁRIO - Faltando apenas contar os votos dos israelitas no exterior e sendo apenas os resultados oficiais anunciados no próximo dia 18 de Fevereiro, o Kadima, partido da ministra da Defesa, Tzipi Livni obteve 28 lugares no Knesset, Parlamento de Israel perdendo um lugar relativamente ao anterior parlamento. O Likud, de Benjamin Netanyahu foi o partido que maior subida conseguiu, passando dos 19 para os 27 lugares. No terceiro posto, outro grande vitorioso destas eleições, a formação de extrema-direita, Beiteinou que dos 11 lugares subiu para 15 a sua representação parlamentar relegando para o quarto posto o Partido Trabalhista que, perdendo seis lugares, só conseguiu eleger 13 representantes, enquanto o partido ultra-ortodoxo "Shass" perdeu um representante e se quedou pelos 11 deputados eleitos. Apesar de ter ganho as eleições, Tzipi Livni poderá não vir a ser a próxima primeira-ministra, já que, de acordo com o regime constitucional israelita, o Presidente da República, Shimon Peres, poderá optar por escolher Benjamin Netanyahu para formar Governo.
Tanto um como o outro (Livni x Netanyahu) não trarão paz àquela região do oriente médio, que há milênios sofre com a intolerância religiosa e a disputa pelo poder e território. Sendo justo, podemos dizer que a atual ministra de defesa israelita, Tzipi, é um pouco mais moderada que o Benjamin, que já exerceu o poder com uma metralhadora numa mão e a arrogância e intolerância na alma. Para o mundo comentam especialistas e também sinto isto, pouco ou nada mudará na relação entre Israel X Palestina, o que assusta o mundo e distancia a todos ainda mais da paz tão desejada, em especial naquela região. Sou defensor da criação do estado da Palestina, a exemplo do que já aconteceu com Israel, que não pode se perpetuar na condição de vítima dos alemães, no holocausto judeu, e buscando com esta simpatia mundial justificar ou se amparar diante das atrocidades executadas contra crianças, adultos e idosos palestinos, numa guerra injusta, desigual e assassina. O mundo precisa parar com esta infantilidade israelita e coibir a "guerra santa" movida pelos palestinos, usando somente a ferramenta da diplomacia, quando necessário a força dos boicotes e do poder juntos a estes governos. O mundo precisa de paz, nós também.
 
 
Um comentário:
É realmente preocupante a situação bélica desenvolvida por Israel contra os Palestinos. Tudo indica que este governo a ser montado, seja ele qual for, pois ambos os lados continuarão a política intolerante da guerra, trará preocupações para o mundo inteiro. lamentável.
Prof. Carlos Silva
Juazeiro
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