
NOTÍCIA - A saúde pública no município de Jacobina cambaleia envolta a uma nuvem de indecisões da atual administração. Com o Antonio Teixeira Sobrinho em vias de fechar suas portas, sem médico, sem plantonista, quadruplicou o número de pacientes que procuram o Regional, causando tumultos como os que aconteceram neste último final de semana quando, revoltados com a demora no atendimento, alguns pacientes tentaram agredir os recepcionistas do hospital. Além da deficiência nos dois hospitais, o não funcionamento dos Postos de Saúde da Família (PSF) contribui para aumentar o sofrimento da população jacobinense. Outra queixa é em relação ao Hemoba, que está funcionando precariamente. Muitas pessoas estão ficando impossibilitadas de doar sangue por falta de um profissional habilitado para proceder a coleta.As queixas se estendem também ao Centro de Apoio Psicossocial – CAPS, que perdeu a qualidade no atendimento pela falta de especialistas na área. A Clínica de Hemodiálise, que é administrada pela Nefrocare, também enfrenta dificuldades. Máquinas quebradas, salários atrasados, falta de material, telefone cortado, enfim, um caos...! (FONTE: http://www.noticialivre.com/)
COMENTÁRIO - Depois dos desgastes e decepções vividas na política local, em especial com os "homens de bem" desta terra - em breve vou contar aqui um episódio protagonizado por um desses "homens de bem", um político que se diz representante do município no estado -, que tinha decidido não fazer comentários sobre as questões políticas locais, mas vou rever esta decisão neste momento, já que considero as questões da saúde e da educação (tema que abordarei em breve) não somente prioritárias mas sobretudo temáticas que envolvem questões de vida, muitas vezes morte, para os cidadãos.
Em relação a situação atualmente vivida pelo HATS - Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, com relação direta ao caos e a apatia existente hoje na saúde municipal (PSF´s, CAP´s, etc), apesar dos prós e contras, ditas por uns e outros, não é uma surpresa para mim. São práticas costumeiras e adotadas em passado recente pelo atual grupo político que gerencia (sub-judicie) o município. Quem não se lembra que quando prefeito, o ex-gestor Lelpoldo Passos fez de tudo para destruir o HATS, à época administrado pelo médico dr. Tuca, hoje aliado do mesmo? Aliás, esse médico que dizia amar tanto o HATS, estranhamente silencia sobre todos os desmandos praticados atualmente - por questões pessoais e politiqueiras - contra o nosocômio, tradicional e importante para Jacobina e região. O HATS foi a falência, praticamente, nos 8 anos de sua gestão. Tudo para beneficiar o Hospital Regional, administrado pelo ex-gestor (ou será atual, como se diz por aí?).
Chega de brincar com a vida humana. Entra e sai gestão municipal e a vida humana naquele hospital é usada vergonhosamente pelos prefeitos e parte da sociedade (des)organizada e imoral existente em nossa querida Jacobina, ao longo dos anos, todos motivados por interesses escusos, nada republicanos e guiados pelas sombras e não pela Luz, não obstante suas fachadas pseudos religiosas que escondem suas verdadeiras intenções.
O ex-prefeito Rui Macedo cometeu erros, não é e nem foi perfeito. Também se deixou levar por pessoas com mentes torpes e interesses nefastos para a sociedade, no entanto dedicou praticamente sua gestão para reeguer uma saúde pública combalida e arrasada pela gestão anterior a sua, resgatando o hospital Antônio Teixeira a uma posição de eficiência e atendimento desejado, tendo diariamente plantonistas e corpo médico adequado, quando o mesmo não ocorria com normalidade no Hospital Regional.
Agora, com pouco mais de 30 dias da atual gestão, de repente o HATS perdeu o rumo, virou uma casa de saúde típica de terra arrasada e sem gestão pública competente. A quem interessa isto? A quem interessa deixá-lo assim? A resposta todos sabem, só cego para não ver.
A saúde pública requer investimentos e gastos que oneram bastante uma administração pública, é verdade, mas também é tão claro quanto o dia que a atenção básica e o cuidado com a Vida NÃO TEM PREÇO! CHEGA de tanta palhaçada, srs. políticos de Jacobina. Cuidem da saúde do povo e não da saúde financeira de seus interesses e coligados.
Esperamos que o governador Wagner e o secretário Solla, bem representados aqui em nossa região pelo competente diretor da 16ª Dires, dr. Ivonildo Dourado, intervenham e estadualizem o HATS, já que está bem claro que o município, ao que tudo indica, não tem competência para gerenciar este importante nosocômio, pensado e gestado pelo saudoso Antônio Teixeira Sobrinho, um ser altruísta que aqui passou, deixando este legado social, e que agora, alguns seres sombrios e cegos pela ambição e poder, de forma ditatorial, buscam manipular as mentes e os destinos sobre sua saúde, descaradamente.
Não importa se o HATS foi encontrado assim ou assado, o serviço de atendimento não poderia jamais ser interrompido (recordo-me que na gestão anterior o mesmo hospital foi reformado e não deixou de atender a população), não poderia ser fechado, como está agora. Que se faça a desejada reforma, sem interrupção dos serviços, essenciais a população.
E este desmando administrativo vem se repetindo em vários setores públicos sob a alegação da já famosa "herança maldita" que serve de argumentação simplória de quase todas as administrações que entram e saem no município e no Brasil, numa tentativa torpe de se esconder intenções mascaradas e nefastas para a sociedade brasileira. Parem com isto. Chega dessa disputa ridícula e desprezível que vem ceifando vidas no Brasil, também aqui, em virtude de querelas inúteis e infantis.
8 comentários:
Um absurdo om que vem acontecendo no hospital. Lamentável a postura adotada pela prefeitura e o prefeito. Até quando vão brincar com a vida humana? Mas ainda acreditamos que o bom senso vai prevalecer. Parabéns pelo blog.
Claudia - Jacobina
Palhaçada, picuinhas movidas por interesses pessoais que, como voce disse no blo, brincam com a vida humana. Chega disto, vá trabalhar d. Valdice, deixe seu esposo no lugar dele, e seja a verdadeira administradora da cidade, reabra o hospital já.
Carlos Alberto
gente vamo ter paciência, só tem 1 mes da gestão da prefeita, ela vai resolver, esperem. parabéns Fred pelo blog, mas acho que não é somente a prefeitura que deve resolver o problema, a sociedade também deve agir. Por que o ex-prefeioto Rui Macedo está calado? tá com a consciência pesada? Abraços.
Janete Souza - Jacobina
Para alguém conhecedor da política em nossa cidade, a sua análise foi rasa como uma poça de água. Porque você não diz que os contratos com os médicos foram encerrados em 31/12/08? Porque você não diz que uma das dificuldades para substituir esse efetivo é porque muitos ganhavam por 40 horas, mas não cumpriam essa carga horária, preferindo manter essa benesse em outro local? Este blog é para analisar mesmo os fatos? Então não esqueça que Rui Macedo assumiu o HATS como palanque eleitoral, nada mais do que isso. Por este texto, não parece. esperava mais visão crítica. Assim não contribui em nada para a discussão.
Obrigado, Robson Carvalho.
Chega de disse me disse, a vida humana não é brinquedo para ficar do jeito que está o hospital. Olhem para frente, esqueçam as picuinhas políticas, reabram o hospital, a população não merece isto. Vamos pagar pelo erro de alguns? socorro govrenador Wagner, tome conta do hospital porque essa prefeitura não quer, já tem um hospital para ganhar dinheiro...
Marcos - Leader
´Concordo quando vc fala que o hospital tem que voltar a atender, porém é importante ressaltar que nós temos o direito de ter um atendimento de qualidade e , que para isso o HATS necessita de uma reforma e que, para a PMJ fazer isso o mesmo tem que ser municipalizado.
Qual sugestão vc dá para levantar os mais de 3 milhões necessários para isso.
Criticar, colocar a culpa nos gestores é muito fácil. Não me recordo de ter lhe visto na audiencia publica e de ter levantado alguma sugestão
Caro Robson, o espaço no blog é pequeno, portanto não é possível postar todas as informações desejadas, por isto abrimos espaço para comentários dos leitores, e creio que seu recado será refletido por todos e será extensão ao meu comentário. Quanto aos contratos, não sou advogado, mas sei que os mesmos poderiam ter sido prorrogados e não os foram, não sei por que. Toda e qualquer opinião a ser proferida sobre este assunto e outros de interesse social é importante e contribui com a discussão geral, portanto não concordo com sua opinião de ter sido "raso" ou "inóquo" o post, mas respeito sua opinião, prova disto é que publiquei a mesma. Valeu.
Maria, se este for seu nome mesmo, para que haja uma reforma no HATS não é necessário a municipalização plena, prova disto que o governo anterior fez uma reforma, parcial é verdade, sem a municipalização plena e justa. As sugestões para as mudanças para a saúde pública no município devem estar na discussão da sociedade, nos setores da saúde pública e especialmente no plano de governo e ações da atual adm. Não é objetivo deste blog sugerir isto aquilo, mas apenas contribuir na discussão democrática das questões de interesse da comunidade. Se vc ler com atenção o texto postado verá que não há menção de culpa a ninguém, mas apenas uma reflexão em torno da responsabilidade de várias gestões municipais que fizeram pouco ou nada para que este hospital hoje fosse uma verdadeira instituição de saúde pública eficiente e efetiva. Não é objetivo deste blog a defesa ou a acusação deste ou daquele gestor, deixo para os leitores esta reflexão.
Por último, não participei da audiência pública pq estava em Salvador no dia da mesma, mas agradeço a sua lembrança. Se possível estarei na reunião da próxima terça organizada pela ONG do frei Petrônio, se conseguir voltar a tempo da capital quando terei necessidade de estar nos próximos dias. Se lá for, me procure para conversarmos, de forma democrática.
Agradeço os comentários de Claudia, Carlos Alberto, Janete Souza, Marcos, e é claro, Robson e Maria. CONTINUEM COMENTANDO E VISITANDO NOSSO BLOG.
Excelente o comentário feito Fred. Basta verificar qual o "estabelecimento comercial" fica lotado com o fechamento do Teixeira.
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