BRASILEIROS ESTÃO MAIS PREOCUPADOS COM INFLAÇÃO E DESEMPREGO

NOTÍCIA - Os brasileiros estão mais preocupados em relação à inflação, ao emprego e à renda nos próximos seis meses, segundo pesquisa divulgada pela CNI/Ibope nesta segunda-feira. Segundo o levantamento, a percepção é reflexo da crise financeira internacional, que determinou a piora nas expectativas. (...) Conforme o estudo, 67% dos entrevistados apostam que a inflação deverá "aumentar" ou "aumentar muito" nos próximos seis meses. A perspectiva quanto à capacidade de geração de postos de trabalho deu um salto ainda maior: 17% dos entrevistados avaliam que o desemprego "vai aumentar muito" (contra 10% no levantamento anterior) e 46% afirma que o desemprego "vai aumentar" (ante os 30% anterior). (...) Apesar do otimismo em relação ao Brasil, a pesquisa aponta que 84% dos entrevistados consideram a atual crise econômica grave ou muito grave, enquanto 9% avaliam que a crise não tem gravidade. (FONTE: Folha On Line - http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u479716.shtml)

COMENTÁRIO - O ano de 2009 promete. Não dá para confiar que a crise internacional será apenas uma "marola" como disse nosso bem avaliado presidente Lula - aliás, é digno de estudos sociológicos a capacidade do nosso Lula estar sempre bem junto a população mesmo em momentos de crise econômica como essa que se inicia no mundo -. A onda começa a se agigantar e se aproxima de um tsunami econômico, com forte retração no mercado e consequências graves na relação emprego-empregador no Brasil. A Ford anuncia redução de seus postos de trabalho, na Bahia. Outras grandes empresas enfrentam dificuldades e anunciam demissões. A Vale do Rio Doce, exemplo de solidez no Brasil, divulga que é preciso se ajustar a crise. Vem aí demissões. Isto sem falar nas pequenas e médias empresas que cedo ou tarde, a continuar a crise, terão que tomar medidas dolorosas e indesejáveis, para que possam sobreviver economicamente, e nessa guerra de ambições e lucros exarcebados, o lado mais fraco, o trabalhador, é o que sofre mais. Mas esperamos que o presidente Lula esteja certo e a solidez da economia nacional alardeada pelo governo federal seja tão forte quanto sua avaliação popular, e o país possa atravessar essa crise internacional, nascida no berço antes sólido da economia americana, sem grandes sofrimentos.

Em relação a Jacobina, apesar do forte crescimento econômico dos últimos anos, auxiliada por uma boa gestão pública no tocante ao estímulo do emprego e renda, a economia local não se solidificou o suficiente para atravessar a "marola" da crise mundial sem grandes arranhões em seus números de geração de emprego, que aliás, rendeu ao município, recentemente, reconhecimento do Ministério do Trabalho, por ter sido um dos municípios brasileiros que mais gerou emprego e renda no Brasil. Mas 2009 promete, e pelo andar da carruagem, um período de "vacas magras" e dificuldades na geração de emprego. A nova administração municipal terá um desafio gigantesco no sentido de amenizar essa onda violenta que ameaça o equilíbrio econômico e o emprego em Jacobina, nos próximos meses. Acredito que seria de bom tamanho a criação de uma Secretaria de Planejamento e Emprego, pelo município, com titular capacitado e voltado a diminuir o abismo existente entre o trabalhador e a vaga no mercado, além, é claro de proporcionar um melhor planejamento das ações do governo municipal. Andando lado a lado com o desemprego, as vezes à frente, desponta no Brasil, mais uma vez, a imagem assustadora da inflação, que empurra para o alto os preços no país, em especial nos alimentos, vestuário, saúde, etc., agravando ainda mais o quadro já ruim que ameaça avançar no Brasil. Queremos crer que o país tem reserva suficiente para superar essa dificil crise que atinge muitos países no mundo e cada vez chega mais perto, não há mais como negar.