domingo, 16 de agosto de 2009

VIDA ESCOLAR TERÁ UM ANO A MAIS EM 2010

NOTÍCIA - Aumentar em um ano a vida escolar das crianças foi o principal objetivo da ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos.
Atualmente, o poder público só é obrigado a matricular as crianças no ensino fundamental. Por isso, na rede pública, elas acabavam começando a vida escolar apenas aos sete anos. Com a mudança, a idade foi alterada para seis anos de idade.
Com esse ano a mais, espera-se melhorar a alfabetização dos alunos, o que tem influência sobre o desempenho do estudante até o fim da vida escolar em todas as disciplinas. Como a Folha mostrou no mês passado, 11,5% das crianças de oito e nove anos de idade são analfabetas, de acordo com dados de 2007 divulgados pelo IBGE.
Agora, para ampliar ainda mais a trajetória escolar no país, está no Congresso Nacional um projeto que torna obrigatórios também a pré-escola e o ensino médio.
Se aprovada, essa proposta, assim como o ensino fundamental de nove anos, só terá impacto, basicamente, na rede pública. Um estudo do Ministério da Educação mostra que crianças pobres têm 30% menos chances de frequentar a educação infantil (creche e pré-escola) do que as ricas.


COMENTÁRIO - Quando se trata de Educação, que consequentemente amplia as chances de desenvolvimento e progresso de um povo e sua nação, todo o esforço que for feito em melhorar a grade curruicular e a qualidade do ensino-aprendizagem sempre será bem vinda, e no caso do Brasil, mais do que necessário, mesmo que tardio. Aumentar o tempo de permanência da criança na escola é desejável, pois as avaliações da aprendizagem são desastrosas e inaceitáveis. Principalmente no que diz respeito a alunos mais carentes, na maioria vitimados pela incapacidade familiar de lhes ensejar aculturação adequada para o início da escolaridade formal, ou até mesmo de suprir suas necessidades elementares de alimentação, segurança e lazer. A solução ideal para elas estaria na universalização da educação infantil, época em que se praticam programas específicos para o desenvolvimento bio-sociointelectual das crianças. Como não há recursos para tanto, o jeito é quebrar o galho, engatando-se mais um ano ao ensino fundamental. Essa a posição, bastante pragmática, de quem aplaude a inovação.
De qualquer forma, em se falando de Brasil, onde a Educação sempre é prioridade, de direito, raramente de fato, é preciso dar tempo ao tempo para que se confirme se esta mudança, salutar, terá efeitos positivos a médio e longo prazo.

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