VEREADOR BATISTA REBATE JORNAL "A SEMANA"

Na abertura dos trabalhos legislativos na Câmara de Vereadores de Jacobina, hoje pela manhã, um dos assuntos mais aguardados pelo público presente era se haveria ou não, por parte do presidente Batista do Junco (DEM), resposta sobre a denúncia do Jornal A Semana e repercurtida na imprensa local e na sociedade, dando conta de uma suposta irregularidade praticada pela gestão do edil Batista, quando da compra de 750 litros de gasolina, custando mais de R$ 2.000,00 e, supostamente, atribuída à Câmara Municipal.
O vereador Carlinhos do PT, em sua fala, provocou o presidente Batista a se explicar sobre a questão, já que paira na sociedade um sentimento forte de possível imoralidade e irregularidade nesse citado gasto de dinheiro público, segundo o jornal, atribuída ao mesmo.
Depois da participação de vários edis, sobre este assunto e outros, além de uma enfadonha leitura de requerimentos, indicações e outros documentos, dando publicidade a todos do trabalho legislativo e sua burocracia, o vereador Batista, enfim, deu sua versão do fato.
Segundo Batista, a Câmara não comprou e nem pagou esse combustível. Que se trata de um erro originado no Posto de Combustível, que emitiu a nota em nome da mesma, quando deveria ter emitido em nome do vereador Gildo Mota (DEM), responsável pela compra e pelo pagamento do combustível, para fins pessoais. Que o jornal estaria sendo sensacionalista e parcial em sua reportagem, inclusive citando gastos com combustível durante as gestões de Antônio Souza (PR) e Carlos de Deus (PSDB), fazendo um paralelo com a sua gestão, que, segundo o mesmo, é transparente e econômica, em relação a essas gestões anteriores.
Apesar dos argumentos dados, é, no mínimo, estranho que um vereador, ocupando o cargo de Secretário da Mesa Diretora, assine uma Nota Fiscal emitida "indevidamente" e, ainda, a repasse para a Câmara. Tudo isto teria passado despercebido pela sociedade se não houvesse a denúncia do jornal, e talvez esta explicação do presidente, bem elaborada, não fosse necessária, bem como o desgaste que o mesmo sofreu politicamente fosse evitado. Não dá mais.
Me parece ser necessário agora que o edil Gildo Mota (DEM) explique para a população o porque de não ter percebido que a NF estava incorreta, porque assinou mesmo assim, e porque não tomou a iniciativa de esclarecer à população e a imprensa que a matéria do jornal estava equivocada e que aquele combustível era dele e somente para ele, não para a Câmara. O vereador Batista praticamente jogou a "batata quente" em suas mãos.

Se verdadeiras ou não a versão do presidente daquela Casa, cabe aos edis da oposição, a imprensa e os órgãos competentes investigarem sua veracidade, mas é deveras estranha a demora e o silêncio do vereador Mota (DEM) em assumir a responsabilidade sobre a NF.
Até parece que teve de "aceitar" essa explicação dada hoje pelo presidente Batista. Sua postura silenciosa e aparentemente constrangida no plenário durante a sessão de hoje reforçam qualquer suspeita sobre a versão apresentada.
De qualquer forma, o vereador Batista se explicou. Se convenceu ou não, o tempo nos dirá. A mim me pareceu uma peça de teatro bem escrita, mas de dificil veracidade, salvo equívoco deste comentarista. Quem sabe?