
COMENTÁRIO - Que o governador Wagner é um companheiro democrático não se tem dúvidas. Num estado acostumado as truculências e interferências políticas e pessoais de certos políticos saudosistas do coronelismo e da ditadura, a ascenção de Wagner foi um divisor de águas na política baiana, não obstante o desespero de alguns que ainda insistem em não navegarem pelas águas justas da democracia. No entanto, Wagner, por vezes, é muito complacente e democrático com os chamados aliados, mesmo os de conveniência, como esse prefeito de Sapeaçú, citado na nota do Bahia Notícias, que certamente se servirá do governo petista e depois não será tão leal assim.
O governador disse em sua visita àquele município que é melhor um adversário leal do que um aliado traidor. Bonito, mas balela no cenário político baiano e nordestino, onde as traições são uma constante e a palavra aliado passa inexoravelmente pelos critérios de conveniências momentâneas dos gestores municipais e os partidos que fazem parte ou não de uma base governamental. Um fisiologismo de mão dupla, podemos dizer assim. Até porque o adversário que se apresenta como leal, de hoje, será o aliado traidor de amanhã, se já não o for no hoje mesmo.
Wagner quis, naturalmente dar uma cutucada no PMDB baiano, em especial no ministro Geddel, provável adversário no projeto de reeleição do governador e do PT. Se o recado dado será ouvido, o tempo dirá. Acredito que os ouvidos do PMDB hoje não mais ouvem o governador, nem tão pouco o PT, apenas uma canção que embala os sonhos de sua militância em ver o ministro governador da Bahia. Um sonho, que se sonhado por muitos, pode se tornar uma realidade, por que não?
Bom nessa coisa toda de adversário leal, aliado traidor, cabe uma pergunta: a prefeita Valdice Castro (DEM) se enquadra onde nessa citação do governador? Pelo histórico dos Democratas, talvez em ambos. Comente e deixe sua opinião.
Um comentário:
Caro Fred Santos,
Quero lhe parabenizar pela sua belissíma postagem e dizer que a fala do Governador foi muito infeliz... Se tem uma pessoa na Bahia que não pode julgar traidor e traido é o proprio governador. Afirmo isso na qualidade de Militante do PCdoB/Ba, onde em Milagres, cidade em que resido, Wagner abandonou o PT e o PCdoB, partidos da sua base, para apoiar o pior picareta da politica Baiana, Otto Alençar e o prefeito de Milagres... Tirou tudo o que pertencia a sua base e passou para o prefeito Galego. Fomos traidos discaradamente pelo governador... Isso se repetiu em diversas cidades... Podemos chamar isso de democracia ou de burrice? Quem é o traidor da história? Era possivel criar novas alianças sem excluir as que já existiam. Eu não voto mais em Wagner apesar de saber que ele está reeleito, pois ele sim é um grande traidor... Pra você fazer ideia até já respondí processo por defender Wagner e agora ele nos dá uma banana como resposta. Por outro lado, nós que somos petistas e comunistas de verdade sabemos que Otto Vai fazer pior que Geddel, é tudo uma mera questão de tempo. Socialistas não se misturam com capitalistas. Hoje Wagner não é mais socialista. É um grande traidor, isso sim.
As alianças de Wagner e as disparadas liberações de recursos para os municipios, são meras compras de apoio politicos. Vou comemorar no dia em que eu ver Otto traindo Wagner, o que irá acontecer muito em breve.
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