segunda-feira, 15 de junho de 2009

WAGNER E A SUCESSÃO 2010

NOTÍCIA - O governador Jaques Wagner, participou do Encontro Estadual do PT no município de Camaçari, onde foi iniciado o debate sobre as estratégias do partido para as eleições de 2010. Wagner foi enfático, o nome do partido para o governo da Bahia “’é o meu”, rechaçando desta forma, qualquer idéia de ceder o cargo de candidato ao PMDB. Referindo-se diretamente a Geddel Vieira Lima, declarou: “Se o ministro for candidato ao governo, será em outra chapa, não na minha”. (...) Diferente de 2006, quando vários partidos de esquerda e centro esquerda (PT, PMDB, PC do B, PSB, PPS, PV, PTB, PMN, PRB) formularam uma ampla frente de oposição aos Democratas (Carlismo). Wagner caminha para as eleições de 2010 sem o PPS e com a possibilidade concreta da saída do PMDB, além de outros partidos que até o momento não se posicionaram. (...) O veredicto deste processo eleitoral será selado nas eleições de 2010. Por enquanto, as pesquisas apontam o nome de Jaques Wagner em primeiro lugar, mas também indicam, uma avaliação extremamente negativa no tocante a gestão do seu governo. (Fonte: http://www.jornalfeirahoje.com.br/materia.asp?id=8675) - Foto: Manu Dias
COMENTÁRIO - As forças políticas se mexem e remexem no complexo tabuleiro da sucessão baiana. Da coligação de 8 partidos que acompanharam a marcha política vitoriosa do PT baiano quando da eleição de Wagner ao governo da Bahia, em 2006, alguns caminham hoje de forma silenciosa, outros ameaçam nos bastidores o rompimento. O PMDB se tornou uma incógnita. Uma nuvem arredia que se espalha pelos céus da Bahia e ameaçam o projeto vermelho de mais 4 anos no comando do Palácio de Ondina. O PSDB, aliado de 2006, já bateu suas asas e voltou para seu palanque de origem, forçando o dep. Marcelo Nilo, presidente da Assembléia Legislativa a voar em outros ares, que ainda não foram definidos, podendo ser até no céu, hoje, de brigadeiro do PT, ou não, quem sabe?
Nessa novela, uma informação sacudiu os bastidores: a de que o palacio do planalto (leia-se Lula) buscou construir uma alternativa ousada, a formação de uma chapa para o governo onde Wagner não seria a cabeça de chapa, mas sim Geddel. Me deu até um frio na espinha. Wagner reagiu e disse que se Geddel for candidato a governo, não será na chapa dele. O governador reage, talvez um pouco tarde, a onda Geddel se espalha como o vírus da gripe no interior baiano, e se não deixar doente o governo petista, deixará sintomas de cansaço e frustração na militância.
Continuo achando que o ministro Geddel busca se fortalecer politicamente e não sairá candidato ao governo da Bahia, salvo a conjuntura política se mostrar muito, mas muito favorável à sua vitória e o ex-governador Paulo Souto não estiver no páreo, o que parece não ser verdadeiro diante do que o DEM vem dizendo em suas notas partidárias.
Uma coisa me parece certa e líquida: o tempo é curto e o governador Wagner e/ou seus assessores mais próximos parecem estarem inseguros no que fazer com o PMDB. Enquanto isto, Geddel ganha tempo e desliza numa boa. Até quando? Setembro, Outubro, não passará disto.

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