
COMENTÁRIO - As forças políticas se mexem e remexem no complexo tabuleiro da sucessão baiana. Da coligação de 8 partidos que acompanharam a marcha política vitoriosa do PT baiano quando da eleição de Wagner ao governo da Bahia, em 2006, alguns caminham hoje de forma silenciosa, outros ameaçam nos bastidores o rompimento. O PMDB se tornou uma incógnita. Uma nuvem arredia que se espalha pelos céus da Bahia e ameaçam o projeto vermelho de mais 4 anos no comando do Palácio de Ondina. O PSDB, aliado de 2006, já bateu suas asas e voltou para seu palanque de origem, forçando o dep. Marcelo Nilo, presidente da Assembléia Legislativa a voar em outros ares, que ainda não foram definidos, podendo ser até no céu, hoje, de brigadeiro do PT, ou não, quem sabe?
Nessa novela, uma informação sacudiu os bastidores: a de que o palacio do planalto (leia-se Lula) buscou construir uma alternativa ousada, a formação de uma chapa para o governo onde Wagner não seria a cabeça de chapa, mas sim Geddel. Me deu até um frio na espinha. Wagner reagiu e disse que se Geddel for candidato a governo, não será na chapa dele. O governador reage, talvez um pouco tarde, a onda Geddel se espalha como o vírus da gripe no interior baiano, e se não deixar doente o governo petista, deixará sintomas de cansaço e frustração na militância.
Continuo achando que o ministro Geddel busca se fortalecer politicamente e não sairá candidato ao governo da Bahia, salvo a conjuntura política se mostrar muito, mas muito favorável à sua vitória e o ex-governador Paulo Souto não estiver no páreo, o que parece não ser verdadeiro diante do que o DEM vem dizendo em suas notas partidárias.
Uma coisa me parece certa e líquida: o tempo é curto e o governador Wagner e/ou seus assessores mais próximos parecem estarem inseguros no que fazer com o PMDB. Enquanto isto, Geddel ganha tempo e desliza numa boa. Até quando? Setembro, Outubro, não passará disto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário