terça-feira, 2 de junho de 2009

GEDDEL DIZ QUE PMDB É POUCO OUVIDO POR WAGNER

NOTÍCIA - O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), disse hoje, em entrevista à Tudo FM, que o seu partido é pouco ouvido no governo Jaques Wagner (PT), e que isso atrapalha a relação entre os aliados. Ele citou como exemplo o afastamento do PSDB do governo. "Dizia isso (do rompimento) ao governador desde sempre, desde muito tempo. Talvez o problema de hoje seja porque o PMDB seja pouco ouvido. E não há condição de se discutir o futuro sem corrigir erros do presente. Aliança é troca de idéias, é mudar posições influenciado por aliados. É esse tipo de dificuldades que enfrentamos", afirmou o ministro. Sobre a sucessão de Wagner, Geddel disse que, enquanto as pessoas estão impacientes, ele adota o comportamento de um chinês, ou seja, a calma e a observação do cenário. "O momento do PMDB é de discussão nas bases com os encontros que estamos fazendo. Não vou ser candidato a governador a qualquer custo, atrapalhando a lógica", salientou. Ele ressaltou, no entanto, que a aliança feita com o PT em 2006 não passa por 2010. "Não fizemos uma fusão. Naquela época, o PMDB era outro. Hoje, sofremos as dores do crescimento e temos de ouvir a militância". (Alexandre Costa) - Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/ - Foto: Max Haack/Bahia Notícias

COMENTÁRIO - Ele, Geddel, não disse que é candidato. A militância é que diz. O ministro, espertamente, se deixa levar pelo sabor agradável da fama e dos apoios recebidos. Não tem nada a perder. Se for, tem chances reais de se eleger (conta com o apoio de muitos prefeitos em todas as regiões), se não for, cobrará o preço pelo apoio à reeleição de Wagner (PT), e, certamente, não será barato. Se depender de setores importantes do PT e do governo Wagner, já passou da hora do PMDB desembarcar do governo e, se desejar, buscar seu caminho eleitoral. Outro setores, mais moderados, defendem a permanência do PMDB, com Geddel, JH e todos. Assim, o ministro navega em águas tranquilas e favoráveis. O PT, como sempre, briga mais com o PT do que com seus adversários políticos reais, que se organizam e se fortalecem, a exemplo do DEM. Exemplo de tudo isto foi a última eleição em Jacobina quando o governo Wagner lavou as mãos, deu as costas ao povo de nosso município, o PT rachou e uma candidatura majoritária nasceu já morta e com resultado previsível, o que facilitou, e muito, a vitória do Democratas no pleito municipal 2008.
Pessoalmente, apesar do tom entusiasmado da militância peemedebista em torno da candidatura do ministro ao governo do Estado, não acredito que ele saia candidato ao governo, mas sim ao senado, mantendo a vaga de vice-governador na chapa 2010 para o PMDB, que, não se surpreendam, pode ser ofertada a João Henrique - prefeito de Salvador -. Acho que o PMDB andará junto com o PT em 2010, mas morderá mais, exigirá mais, e tomará mais espaços no governo.
Esses encontros regionais parecem ter mais o propósito de fortalecer o partido na Bahia, dar visibilidade ao seu presidente, o pré-candidato a dep. federal Lúcio V. Lima, irmão de Geddel, e alguns pretendentes a deputados estaduais (entre eles o ex-prefeito Rui Macedo, caso não retorne ao comando da prefeitura local, já que o mandato da prefeita Valdice continua sub-júdice), do que chegar a uma candidatura do ministro a governador.
Afinal, o PT é que depende do PMDB, e Geddel e sua militância serão os divisores das águas, ainda turvas, que movimentarão a campanha eleitoral de 2010.
Como diz o ministro: "eu vou para onde o PMDB quiser que eu vá!" O PMDB quer que o ministro vá para onde mesmo? O tempo, senhor da razão, dirá. A palavra final ainda não foi dita, águas ainda vão rolar nessa caminhada rumo a 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua participação. Analisaremos seu comentário e posteriormente o publicaremos.