sexta-feira, 1 de maio de 2009

QUASE 90% DAS ESCOLAS PÚBLICAS TÊM NOTA ABAIXO DA MÉDIA NO ENEM

NOTÍCIA - Das 26 mil escolas que foram avaliadas pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), 74% obteve nota abaixo da média nacional que foi de 50,52 pontos. Na rede pública, o índice de estabelecimentos com resultado inferior à média chega a 89%. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgou nesta terça-feira os resultados por estabelecimento de ensino em 2008.
Mais uma vez, foram as particulares que conquistaram os melhores resultados no exame. Das 20 melhores escolas, 15 são particulares e a maioria se concentra na Região Sudeste. Outras 6 mil escolas ficaram sem conceito porque tiveram número insuficiente de alunos participantes. (...)

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u557685.shtml


COMENTÁRIO - Houve um tempo é que estudar em escola pública era motivo de orgulho, de satisfação. Lembro-me como hoje dos tempos de estudante no CEDBC, em Jacobina, anos de verdadeiro estudo, de alunos que viviam uma escola de qualidade, e não faz muito tempo não, isto aconteceu no fim dos anos 70 e parte dos 80, um tempo recente, porém, esquecido.
Entra ano e sai ano e o discurso é o mesmo: educação é prioridade neste governo! Mentira. Falácias e discursos eleitoreiros. A elite que se mantém no poder, em todos as esferas de governo, não desejam uma educação de qualidade, preferem a deficiência e a incompetência no ambiente escolar, afinal para que uma escola pública de boa a excelente qualidade, se somente filhos de pobres e de renda média-baixa frequentam a mesma? Para que solucionar os problemas da educação pública, se posso usar estas bandeiras nas campanhas eleitorais, nas campanhas sindicais, etc? Triste Brasil, pobre do país que não investe maciçamente na educação dos seus cidadãos, corre o risco de sempre fazer parte dos chamados países de terceiro mundo, emergentes ou coisa assim.
Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontam que apenas 8% das escolas "tops" do país no ensino médio são públicas. Ainda assim, são unidades de elite do sistema, que fazem seleção para escolher seus alunos. As notas do Enem são utilizadas como parte da seleção de calouros para universidades e para que os alunos saibam sua condição ao concluírem a educação básica. Também é usado para selecionar bolsistas em universidades privadas pelo Prouni (programa federal).
"Esse resultado tem se repetido ano a ano. Os alunos das escolas particulares têm melhor desempenho seja porque têm professores mais bem pagos, seja pela família", afirmou o presidente do Inep (instituto do MEC responsável pelo exame), Reynaldo Fernandes.
"Nenhuma prova mede só a escola. Mede também o aluno, a formação dos pais e o contexto socioeconômico. Fatores socioeconômicos explicam melhor o desempenho."
O jornal O Globo, recentemente, estampou em sua capa matéria denunciando a falência das escolas públicas em todo o País, a partir da análise das notas obtidas pelos estudantes no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com os dados do Enem, das mil escolas com piores notas no último exame, 965 são estaduais (http://blogs.abril.com.br/williambaiano/2009/04/educacao-publica-falida.html). Preocupante. Em Jacobina e na Bahia não foi diferente do restante do país. A escola pública, mas uma vez, fica atrás da particular. Confira os resultados oficiais neste link: http://www.enem.inep.gov.br/ e tire suas conclusões.

Um comentário:

blogger disse...

Enem
Enquanto o Brasil necessitar buscar recursos nos organismos internacionais para "financiar" a educação, tendo posteriormente de prestar contas desses recursos, e esta prestação de contas se traduz em números de alunos que "passaram de ano" ou "se alfabetizaram" vai dar nisso: alunos sendo promovidos sem a menor condição educacional para tal fim e reprovação nos exames a que se submeterem. Dentro dos meus conhecimentos, ainda não pude constatar nenhuma nação desenvolvida que não passou por 2 processos básicos a tal condição de desenvolvimento: reforma agrária (para reduzir as diversas formas de concentração) e a reforma educacional bancada pelo próprio Estado. Os Tigres Asiáticos fizeram a sua revolução educacional em apenas 30 anos.