
Jarnail Singh, que trabalha no jornal "Dainik Jagran", lançou uma de seus sapatos contra o ministro quando ele respondia a uma das perguntas dos jornalistas, em um ato transmitido ao vivo pelo canal NDTV. "Por favor, tirem-no com cuidado!, pediu depois Chidambaram, segundo as agências de notícias indianas.
A agressão aconteceu depois que Singh perguntasse ao ministro sobre o relatório do Escritório Central de Investigação (CBI) que pede à Justiça a retirada das acusações contra o membro do governante Partido do Congresso Jagdish Tytler. O político está sendo investigado por envolvimento na onda de violência antisique --na qual morreram milhares de pessoas-- gerada em Nova Délhi em 1984 após o assassinato da então primeira-ministra Indira Gandhi.
"Queria protestar. Minha intenção não era ferir os sentimentos de ninguém. Por que deveria pedir perdão?", disse o jornalista, que faz parte da comunidade sique, ao canal local NDTV, depois do incidente. "Meu método pode ter sido incorreto, mas minhas razões não são", afirmou o jornalista. (Fonte: Folha On Line - http://http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u547094.shtml - Foto: divulgação)
COMENTÁRIO - Se a moda pega, vai faltar sapato no mercado. Essa onda começou com aquele jornalista iraquiano que mandou ver o sapato em direção ao ex-presidente Bush (EUA), e foi condenado a três anos de prisão pela (in)justiça do Iraque, posteriormente a pena foi reduzida para 1 ano, através do Tribunal de Apelação daquele país. Uma tremenda injustiça. Ele devia é ter recebido uma Medalha de Honra e Glória do governo iraquiano. Ao invés disto, foi condenado, mas ficou sendo considerado um herói pelo povo sofrido do Iraque, cultura milenar em nosso planeta.
Agora um Jornalista imitou o iraquiano e jogou um sapato em um ministro de Estado da Índia, durante uma coletiva de imprensa. Sem sombra de dúvidas um ato de protesto. A Índia é um barril de pólvora político preste a explodir. Problemas é que não faltam lá, e se contam aos bilhões. Vive o país uma guerra eterna pelo poder e posse de terra com o Paquistão e a Caxemira, que vez ou outra traz a tona à ameaça da guerra nuclear, já que a Índia detém esse conhecimento bélico, e, salvo engano geopolítico, o Paquistão também tem armamento bélico, incluindo mísseis, forte. Some-se tudo isto à panela de pressão social alimentada pela pobreza, pela violência e pela multiplicidade religiosa (centenas de deuses), acrescido pelo assassinato recente da então Primeira-Ministra Indira Ghandi, um sapato jogado num ministro, apesar de ser um ato de avanço em torno da cidadania indiana (melhor que as balas atiradas a esmo nas favelas brasileiras que assassinam centenas de inocentes anualmente), pode ser considerado pouco para esses burocratas e, em muitas vezes, bandidos travestidos de políticos que existem lá e aqui. Pois é, a Índia é muito mais do que as imagens cândidas e românticas exibidas pela rede Globo todas as noites através da novela Caminho das Índias, muito mais do que aquilo.

Bem, por aqui, não vamos jogar sapatos em nenhum político, mesmo que eles mereçam e vez ou outra joguem em nós. Ora quer saber? Um sapato aqui outro acolá pode até fazer bem a estes caras-de-paus que existem na política jacobinense. Sapatada neles, com todo o respeito, é claro.
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