sábado, 22 de novembro de 2008

BAHIA TEM A MAIOR DIFERENÇA ENTRE AS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES NO ENEM

NOTÍCIA - O resultado do Exame Nacional do ensino Médio (ENEM) 2008 divulgado nesta quinta-feira, 20 de novembro, aponta a Bahia como o estado no qual as escolas particulares e públicas têm a maior diferença de notas.
A rede privada estadual obteve 55,34% de média de aproveitamento, o que a deixa na 8° posição entre 26 estados da federação mais o Distrito Federal. Já a rede pública alcançou 33,06%, e ficou no 19° lugar.
A distância baiana é de 22,28% entre as duas categorias de instituição, enquanto a média nacional é 18%. Estes quantitativos deixaram o estado no 17° lugar do ranking com 36,79%, bem abaixo da média nacional de 40,54%.
Os dados só levam em conta os 81.713 participantes que concluem o ensino médio em 2008 e compareceram a prova na Bahia. Os números sobre a Bahia também revelam que, entre os concluintes, 66.174 se declararam originários da escola pública e 8.828 da rede privada; já 6.729 não informaram a procedência escolar.
(Fonte: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1013668)
COMENTÁRIO DO BLOG - Os números preliminares do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio de 2008 já deixam claro que a Bahia, mais uma vez, tem desempenho sofrível em seus números quantitativos e na média de aproveitamento, o que demonstra a baixa qualidade do ensino nas escolas públicas, em especial, de nosso estado, que resultam numa qualificação profissional e de cidadania deficientes e fora de sintonia com o que se espera para o desenvolvimento estrutural do processo educativo dos baianos.
A população brasileira em geral parece estar acostumada a criticar o governo quando o assunto é educação. Porém, poucos pais e os próprios jovens estudantes, admitem que o desinteresse dos alunos de hoje é muito grande. De nada adianta o governo investir na infra-estrutura das escolas públicas ou no aumento de salário dos professores, quando investem, se os jovens estão preocupados em apenas concluir o ensino médio, para tornarem-se mão-de-obra barata.
É comum ouvirmos nos noticiários televisivos, particularmente, o não preenchimento de vagas que exigem melhor qualificação por parte dos interessados, o que é reflexo do péssimo nível educacional que se observa na Bahia e no Brasil. O desinteresse na leitura, por exemplo, nas escolas públicas por parte dos alunos é escandalosamente visível e cujos reflexos são observados tanto no mercado de trabalho quanto no caminhar pedagógico dos discentes da rede pública de ensino.
Para muitos professores vigora a sensação de frustração quando se deparam com o desinteresse de seus alunos para o aprendizado, a leitura e o exercício da escrita/comunicação dentro e fora das salas de aulas.
Claro que o governo tem sua parcela de culpa na educação, ele tirou a repetência, na prática, assim não obriga os alunos a se esforçarem mais, desvaloriza o professor, pagando pouco e desmotivando, e ainda não oferece condições materiais para um bom ensino.
O ensino público no Brasil é marcado por várias deficiências.
O resultado registrados nas últimas edições do ENEM nos trazem um balanço negativo e que demonstra que o caminho ainda é muito longo para a educação brasileira.
Aqui em Jacobina, o ENEM 2007 apontou que os resultados mais positivos estão nas escolas privadas. Na prova de Redação, por exemplo, o Colégio LEM (Modelo) foi o que se aproximou mais na média do Colégio Oásis (melhor aproveitamento), mesmo assim ficando com mais de 10 pontos percentuais abaixo (O = 68,44 X LEM = 52,85). Aliás, a prova de Redação do ENEM tem se tornado objeto de críticas e gozações anuais, quando se publicam as chamadas "Pérolas do Enem", onde o analfabetismo funcional existentes, em boa parte dos alunos da rede pública que se submetem ao exame, se revela e descortina uma dura realidade da precariedade do ensino público no Brasil. DEIXE SUA OPINIÃO.

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